Há anos, acompanho de perto as mudanças nas políticas sociais que buscam aliviar o orçamento das famílias brasileiras. Talvez pela minha vivência pessoal, talvez pelo trabalho constante no MEUCAPITAL, que está sempre atento a recursos práticos para melhorar o planejamento financeiro. Uma dessas novidades mexeu especialmente comigo: o Gás do Povo. O programa acaba de substituir o antigo Auxílio Gás e promete uma forma mais justa de apoiar quem realmente precisa quando o assunto é o botijão de GLP 13kg. Ao longo deste artigo, quero detalhar como funciona esse novo benefício, para quem é destinado e de que maneira pode transformar o dia a dia na cozinha.
O nascimento do Gás do Povo: o que mudou?
Quando li sobre a criação do Gás do Povo, percebi logo que não se tratava só de uma troca de nome. O novo programa, regulamentado pelo Decreto nº 12.649 de 2025, estabelece uma cooperação entre o Ministério do Desenvolvimento Social e o de Minas e Energia, redefinindo o financiamento do gás de cozinha para as famílias brasileiras de baixa renda.
Antes, o benefício tinha valor fixo nacional, sem considerar as diferenças regionais de preço. Isso causava injustiças: em certos estados, o valor cobria o preço total do botijão; em outros, não chegava nem perto. Agora, o Gás do Povo ajusta o valor do voucher de acordo com a média de preços regionais divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Isso, para mim, é o maior avanço do programa. A intenção nunca foi dar “qualquer valor” e sim garantir realmente o acesso ao gás.
Como funciona o cálculo do benefício?
O valor que cada família recebe já não é igual para todos. Ele passa a variar de acordo com a cidade ou o estado, graças à base de dados da ANP. A cada bimestre, o governo verifica o preço médio do botijão naquela região. Com isso, o valor do voucher é atualizado conforme a realidade local, buscando cobrir o custo real do GLP 13kg para quem depende desse recurso essencial no planejamento doméstico.
Para exemplificar: no Norte e Nordeste, onde os preços costumam ser mais acessíveis, o valor do incentivo é diferente do Sudeste ou Sul, onde pode custar mais caro. Isso evita injustiças e reflete as desigualdades regionais brasileiras.
Quem tem direito ao benefício?
Confesso que recebo muitas perguntas sobre o que “precisa fazer” para garantir esse direito. A resposta é direta: basta estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) e ter renda per capita de até meio salário mínimo. Não há necessidade de inscrição extra para o programa Gás do Povo, porque a seleção ocorre de forma automatizada, conforme informações registradas no CadÚnico.
- Inscrição ativa no CadÚnico;
- Renda por pessoa de até meio salário mínimo;
- Prioridade para famílias em situação de vulnerabilidade social extrema;
- Famílias lideradas por mulheres vítimas de violência doméstica têm prioridade;
- Crianças pequenas também são critério de prioridade na seleção;
- O sistema do governo federal processa os dados e libera automaticamente o benefício.
Se você já recebia o antigo Auxílio Gás, a migração é automática e sem necessidade de novos cadastros. Só mudou a forma de calcular e, possivelmente, o valor. Para quem está começando a organizar a vida financeira agora, recomendo fortemente atualizar o cadastro o quanto antes.
Como são feitos os pagamentos?
Uma das principais dúvidas que vejo por aqui no MEUCAPITAL é a seguinte: “Onde recebo o valor do Gás do Povo?” E eu te respondo, sem rodeios: a cada dois meses, o benefício cai diretamente na conta digital do Caixa Tem, junto com outros benefícios sociais, como o Bolsa Família.
O Caixa Tem tornou-se uma ferramenta básica para quem deseja acompanhar e movimentar o valor. O dinheiro recebido pode ser sacado, usado para pagar boletos ou transferido, facilitando muito a vida de quem não tem conta bancária tradicional.
O valor do benefício agora respeita o custo real do botijão na sua região.
Aliás, é importante destacar: o calendário de pagamento é o mesmo do Bolsa Família. Ou seja, não há datas específicas só para o Gás do Povo, o valor aparece junto com os outros créditos sociais.
Por que é preciso manter o CadÚnico sempre atualizado?
Agora, quero fazer um alerta. Muitas pessoas perdem benefícios por falta de atenção ao cadastro, e isso é fácil de evitar. O CadÚnico precisa ser atualizado ao menos a cada dois anos ou sempre que houver qualquer mudança importante no núcleo familiar, como nascimento, morte, mudança de endereço ou renda.
Numa das conversas que tive com uma assistente social, ela comentou que há casos de famílias que ficam meses sem receber porque esqueceram de avisar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) de uma simples alteração de endereço. Não custa alertar: benefícios como o Gás do Povo podem ser suspensos por cadastro desatualizado.
Pela minha experiência, recomendo guardar os documentos pessoais de todos da casa em local fácil e já deixar um lembrete no celular para revisar tudo no CRAS de tempos em tempos. Não há mesmo como pedir o benefício se o cadastro estiver ‘velho’ ou com informações erradas. E não, a atualização não é automática. Depende sempre do responsável familiar procurar o CRAS.
Início do programa e as mudanças para o futuro
O Gás do Povo passou a valer, oficialmente, em setembro de 2025. Até quem já recebia o Auxílio Gás está agora, pelo novo modelo, com valores recalculados de acordo com os dados da ANP. A ANP prioriza a implementação do programa e já há estimativas para a distribuição de milhões de botijões gratuitos especialmente em 2026. A tendência é de que, graças às informações mais atualizadas, a política seja cada vez mais eficiente e justa.
Como saber se tenho direito ao Gás do Povo?
Muito se pergunta se existe uma plataforma online para se inscrever ou consultar o benefício. Até o momento, todo o processo é automatizado, a partir dos dados do CadÚnico. Se há dúvidas, o ideal é:
- Conferir a inscrição ativa no CadÚnico;
- Lembrar de checar se a renda per capita está dentro do limite;
- Consultar a movimentação do Caixa Tem para ver se o benefício foi liberado;
- Usar o app Meu CadÚnico para verificar registros e eventuais pendências.
Ainda não existe uma “inscrição digital” direta para o Gás do Povo, mas é possível consultar e acompanhar informações pelo aplicativo Meu CadÚnico. Para mim, faz sentido essa integração, já que tudo depende do registro do governo federal. Se você notar ausência do repasse, o mais recomendado é ir ao CRAS mais próximo para entender a situação.
O impacto do benefício no orçamento das famílias
Quando penso nas contas domésticas de quem vive com renda apertada, vejo como o preço do gás pesa no fim do mês. Ter a chance de receber o Gás do Povo, especialmente com cálculo regionalizado, pode ser realmente um alívio nas despesas fixas da cozinha.
Mais dignidade e comida quente à mesa.
Em várias entrevistas que já realizei para o MEUCAPITAL, ouvi histórias de famílias que precisavam improvisar soluções inseguras por não conseguir comprar gás todo mês. Agora, com valores ajustados e calendário previsível, existe mais tranquilidade e segurança alimentar, principalmente para lares que já enfrentam vulnerabilidades sociais.
Como acompanhar o benefício e se organizar melhor?
Aqui vai um conselho de quem está sempre defendendo a educação financeira: acompanhar o Caixa Tem é fundamental. Recomendo olhar o extrato do app todo mês para verificar depósitos, inclusive os relativos ao Gás do Povo.
Além disso, anotar a data prevista do próximo recebimento e já calcular esse desconto ao organizar o orçamento doméstico pode trazer mais controle e menos ansiedade. No MEUCAPITAL, inclusive, costumo disponibilizar calculadoras e planilhas simples para facilitar esse planejamento. Assim, cada benefício recebido se transforma em decisão financeira consciente, e, se for o caso, sobra até para poupar um pouquinho para emergências.
Conclusão
Com o surgimento do Gás do Povo, percebo uma aposta forte em justiça social e eficiência no amparo às famílias brasileiras. Valor regionalizado, cadastro automatizado e pagamentos diretos fazem do programa um avanço para o orçamento das casas de quem precisa. Mas, mais do que isso, trata-se de dignidade à mesa e tranquilidade nos pequenos rituais do dia a dia, como acender o fogão para preparar o jantar dos filhos.
Se você gostou deste conteúdo e quer receber mais dicas sobre direitos sociais, organização financeira e ferramentas simples para o seu dia a dia, conheça melhor o MEUCAPITAL. A plataforma está sempre pronta para te ajudar a planejar a vida, conquistar seus objetivos e trazer informação prática para quem quer cuidar melhor do dinheiro e da família. Siga conosco e transforme seu conhecimento em poder de escolha!
Perguntas frequentes
O que é o Gás do Povo?
O Gás do Povo é o novo programa do governo federal criado para garantir que famílias de baixa renda tenham acesso ao gás de cozinha por um valor mais justo, ajustado conforme o preço da região e baseado nos dados da ANP. Ele substituiu o antigo Auxílio Gás desde setembro de 2025.
Como funciona o benefício para gás?
O benefício consiste em um valor depositado a cada dois meses na conta digital do Caixa Tem do responsável familiar, destinado a compra de um botijão de GLP 13kg. O valor é calculado conforme a média regional de preços, seguindo dados abertos da ANP, garantindo maior justiça para quem recebe em diferentes estados.
Quem pode receber o Gás do Povo?
Podem receber o benefício as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), com renda por pessoa de até meio salário mínimo. A seleção é automática e prioriza lares em situação de maior vulnerabilidade, inclusive mulheres vítimas de violência doméstica e famílias com crianças pequenas.
Como faço para solicitar o benefício?
Não é necessário solicitar o Gás do Povo diretamente. Basta manter o CadÚnico atualizado e garantir que a renda familiar esteja dentro do limite. Todo o processo é feito de forma automática pelo sistema do governo. Caso haja dúvidas, o indicado é procurar o CRAS mais próximo ou consultar a situação no app Meu CadÚnico.
Quanto de desconto o programa oferece?
O valor do desconto varia conforme a região, pois considera a média de preço do botijão informada pelos dados da ANP. Nem sempre o benefício cobre 100% do valor do botijão, mas o novo cálculo garante que o repasse seja mais próximo da realidade local, reduzindo desigualdades regionais.
